Você sabe escolher o seu adoçante?


Quem precisa emagrecer e quer substituir o açúcar logo opta pelo adoçante. Mas, será que você sabe escolher o produto ideal para sua necessidade ou paladar? Pois é, o adoçante antes usada apenas pelos diabéticos caiu nas graças das pessoas preocupadas com a manutenção do peso e, hoje, ocupam um lugar de destaque nas prateleiras dos supermercados.

Para quem está em briga com a balança e resiste em usar o adoçante, a boa notícia é que com o crescimento da procura e, consequentemente das vendas, houve também uma maior oferta por parte dos fabricantes que procuram oferecer mais opções para os seus usuários.

Produtos a base de ciclamato, sucralose, acessulfame-k, esteviosídeo, sacarina e aspartame são algumas das alternativas encontradas no mercado.

De acordo com a nutricionista Camila Torreglosa do HCor - Hospital do Coração, hoje em dia as alternativas no mercado são tantas que confundem os consumidores na hora da compra e, apesar de todos os adoçantes terem o mesmo objetivo, que é substituir o açúcar, cada tipo possui a sua peculiaridade. "Por isso é importante que o consumidor tenha conhecimento para que escolha o adoçante que mais se adapte ao seu estilo de vida e paladar", ressalta.

Ainda que o uso de alguns adoçantes, em especial os artificiais, gerem polêmicas, como o fato deles causarem diversos tipos de problemas, como o câncer, a nutricionista destaca que eles não apresentam riscos. "Não existem evidências científicas conclusivas sobre os malefícios do uso do adoçante, mas é preciso respeitar o limite de consumo diário", afirma Camila.

Não sabe como o adoçante é feito e sempre teve curiosidade? Sintetizado a partir de edulcorantes, substâncias naturais ou artificiais, responsáveis pelo sabor adocicado provenientes de matérias-primas como aminoácidos e derivados da cana. "Um dos grandes benefícios é o poder de conferir o sabor doce aos alimentos sem fornecer calorias, principalmente quando comparado ao açúcar, que tem quatro calorias por grama. Ele pode ser utilizado como um aliado no tratamento da obesidade, contudo é preciso também uma mudança nos hábitos alimentares e a prática de esporte", explica.

A nutricionista lembra que quando se trata de ingestão diária segura, a ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) propõe juntamente com outros órgãos de saúde um valor de ingestão diária aceitável para cada tipo de adoçante. A maioria dos adoçantes podem ser consumidos sem grandes restrições, nós devemos apenas prestar atenção a quantidade de sacarina e ciclamato de sódio ingeridos no dia. "Por exemplo, uma pessoa que pesa 60 quilos, conseguimos alcançar facilmente a recomendação diária de ciclamato e sacarina consumindo cerca de 3 latas de refrigerante ou suco diet/light que contém estes adoçantes", ensina Camila.

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Gestantes, lactantes, crianças e pessoas com restrições alimentares precisam de orientação médica para a escolha do adoçante ideal, assim como as pessoas com hipertensão arterial, que precisam controlar o consumo de sódio. Ou seja, devem utilizar com cuidado os adoçantes que possuem em sua composição o ciclamato ou a sacarina. Para os diabéticos, a médica pede atenção redobrada: "hoje no Brasil temos também alguns produtos que misturam o açúcar ao adoçante, então é importante que o consumidor faça a leitura do rótulo do produto para que encontre o produto que vá atender as suas necessidades", conclui.

Adoçantes naturais

Frutose - Extraído de frutas e do mel é mais doce que o açúcar, contém grande quantidade de calorias e eleva os níveis de açúcar no sangue, não sendo indicado para diabéticos e para dietas de restrição calórica;

Esteviosídeo - Extraído de uma planta nativa da América do Sul (stevia rebaudiana) tem um sabor próximo ao açúcar, não possui calorias e não altera os níveis de açúcar no sangue;

Sorbitol - É encontrado em algumas frutas, como a maçã e a ameixa, e em algas marinhas. Possui valor calórico e não é recomendado para diabéticos. É mais utilizado em chicletes, balas e biscoitos. Tem ação laxativa;

Adoçantes artificiais

Aspartame - Tem grande poder adoçante (200 vezes superior ao açúcar). Não contém calorias e seu uso é permitido para diabéticos.

Sacarina - Criada em 1879, ela é sintetizada a partir do ácido toluenossulfônico, derivado do petróleo. Deixa um sabor residual amargoso e metálico, mas não contém calorias e pode ser usada por diabéticos. Por conter sódio, é contraindicada para hipertensos.

Ciclamato de sódio - Provém do ácido ciclo hexano sulfâmico, derivado do petróleo. Assim como a sacarina, não possui calorias e pode ser usado por diabéticos, mas também é contraindicado para hipertensos. É encontrado em refrigerantes zero e adoçantes.

Sucralose - É extraído da cana de açúcar e modificado para não ser absorvido pelo organismo humano. Tem um sabor similar ao do açúcar, não contém calorias, não causa cáries, não eleva a glicemia, podendo ser consumido por diabéticos, gestantes e hipertensos. É vendido como produto adoçante e está presente em alimentos de baixa caloria.

Acessulfame K - É isento de calorias, pois não é metabolizado pelo corpo, sendo excretado inteiramente na urina. Possui poder adoçante duzentas vezes maior que o açúcar e suporta altas temperaturas. No entanto apresenta sabor residual amargo, por isso é utilizado pela indústria combinado ao aspartame ou ciclamato de sódio.

Por Paula Perdiz

Fonte: Viapharma

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